quinta-feira, 26 de abril de 2007

O candidato João Viegas Carrascalão anunciou o seu apoio à candidatura de José Ramos Horta na segunda volta das presidenciais que se realizará no próximo dia 9 de Maio.
No mesmo sentido se manifestou a Comissão Independente para a Candidatura de João Viegas Carrascalão que em conferência de imprensa explicou as razões do apoio à candidatura de José Ramos Horta.
Acompanhado pela Presidente da Comissão Independente, o mandatário nacional, Nazário Tilman de Andrade, fez um breve balanço dos resultados, e deixou para os analistas políticos e para os estudiosos da sociologia timorense a tarefa de uma análise mais aprofundada sobre os mesmos, devendo debruçar-se sobre a relação entre esses resultados, as discrepâncias, os desajustes e as particularidades, a tradição e a cultura do país.
O mandatário nacional enalteceu as qualidades do candidato João Viegas Carrascalão de quem referiu o discurso conciliador, concluindo que João Carrascalão deixou uma marca profunda no panorama político timorense preocupando-se apenas com a transmissão da sua mensagem política e demonstrando assim que é possível fazer política sem recorrer a ataques, críticas ou violência.
Foi ainda referido o orgulho de toda a equipa pelo facto de terem privado bem de perto com o candidato – o que permitiu conhecer melhor o seu pensamento político – e de terem percorrido o país, sem qualquer ocorrência negativa, realçando-se, a propósito, a boa recepção do candidato e da sua equipa em todos os distritos.
Agradecendo a João Carrascalão o facto de ter acedido ao desafio que lhe foi lançado, o mandatário realçou ainda a importância da presença dos jovens e acrescentou que, ontem como hoje, todos quantos apoiaram a sua candidatura, continuam a achar que João Viegas Carrascalão reúne as condições necessárias para o cargo de Presidente da República. No entanto, concluiu o mandatário nacional que “ não o entendeu assim a maioria do eleitorado. E, em Democracia, a vontade da maioria é que vale. E nós que somos democratas, aceitamos a vontade dessa maioria”.

Resultados finais da primeira volta das eleições presidenciais

Ratificados pelo Tribunal de Recurso, os resultados da primeira volta das eleições presidenciais realizadas no passado dia 9 de Abril, confirmam Francisco Guterres «Lu Olo» e José Ramos-Horta como os candidatos à segunda volta.

Francisco Guterres «Lu Olo», o candidato da Fretilin, venceu a primeira volta das eleições ao recolher 112.666 votos que correspondem a 27,89 por cento dos votos expressos, enquanto José Ramos-Horta, candidato independente, obteve 88.102 votos ou 21,81 por cento dos votos.

Na proclamação dos resultados, o presidente do Tribunal de Recurso, Cláudio Ximenes, sublinhou que o Tribunal procedeu ao acerto do número de votantes, diminuindo em 514 o número de eleitores que votaram para um total de 427.198 contra os 427.712 dos resultados provisórios.

A alteração do tribunal colocou a participação eleitoral em 81,69 por cento contra os 81,79% dos resultados provisórios da Comissão Nacional de Eleições.

O Tribunal de Recurso manteve a contagem de 7.723 votos brancos ou 1,81 por cento e os 15.534 votos nulos ou 3,64 por cento do total.




terça-feira, 17 de abril de 2007

É grave o que está a acontecer à volta da contagem de votos das eleições presidenciais.
Optámos pelo silêncio. Apenas a titulo de informação, juntamos cópia de carta enviada pelo mandatário nacional, Nazário Tilman de Andrade e pela presidente da Comissão Independente, Benvinda de Oliveira, a quem de direito.

“ Dr. Faustino Cardoso
Presidente da CNE/Comissão Nacional de Eleições
Dr. Tomás Cabral
Director dos STAE/Serviço Técnico de Apoio Eleitoral
c/ c/ Órgãos de Comunicação Social

De: Serviços de Candidatura de João Viegas Carrascalão

Díli, 15 de Abril de 2007

Exmo. Senhor,

Temos acompanhado com crescente preocupação a contagem de votos da eleição para a Presidência da República realizada no passado dia 9 de Abril.
Em obediência aos nossos princípios democráticos e seguindo o exemplo do candidato João Viegas Carrascalão, cuja conduta calma, isenta e educada se tornou bem conhecida durante toda a campanha eleitoral, temos acompanhado a evolução da difusão de dados eleitorais mantendo a máxima discrição, por a considerarmos necessária para que a contagem de votos se faça em ambiente de tranquilidade.
No entanto, acompanhamos a evolução do processo e todos os dias somos informados, através das conferências de imprensa da CNE, de que o processo eleitoral enferma de irregularidades várias.
Constatámos também que a publicação de dados provisórios prevista para hoje, dia 15 de Abril, foi adiada, por razões que têm a ver directamente com as graves irregularidades encontradas.
Não temos, hoje, quaisquer dúvidas de que algo de errado está a acontecer, uma vez que os votos expressos, em particular no nosso candidato, não correspondem à realidade.
Não é crível que o patamar mínimo obtido pelo nosso candidato em Díli, Manatuto, Liquiçá, Ermera, Maliana ou Ainaro corresponda à realidade, conhecidas que são as tendências políticas históricas desses distritos que se prendem directamente com a representatividade do nosso candidato. Para tanto, basta consultar o número de proponentes desses distritos para a sua candidatura.
A sucessão de irregularidades que se vão tornando conhecidas em todo o país não tem merecido, a nosso ver, a devida atenção da CNE. Consideramos que a falta de uma atitude responsável dos serviços competentes e consequente decisão tomada a tempo originou o actual estado de coisas.
A banalização dos acontecimentos graves ocorridos na contagem dos votos é um sintoma de que as instituições deste país começam por achar natural a distorção da verdade; o encobrimento dos possíveis culpados por esta sucessão de irregularidades representa um sério revés para a democracia em Timor-Leste.
Não pode nem deve permanecer a ideia de que os serviços competentes do Estado estão a colaborar com os prevaricadores.
Não somos nem queremos ser parte desta farsa; menos ainda pretendemos que nos confundam com os farsantes que, irresponsavelmente, arrastam desta forma o nome do país para o lodo e desrespeitam o povo timorense.
Trabalhámos dentro dos limites da ética, do rigor e da verdade com o objectivo de levar a bom fim a candidatura do Eng.º João Viegas Carrascalão.
Cumprimos todos os requisitos necessários para a sã convivência democrática, limitando-nos a difundir a nossa mensagem, respeitando todos os candidatos e todas as tendências políticas.
Por isso, assistimos com muita preocupação o rumo dos acontecimentos.
Entendemos também ser dever de todos nós, timorenses, zelar pela observância da Democracia que, queremos, seja uma realidade em Timor-Leste. Mas, para tal, é também preciso que o país encontre a calma essencial para que os dois actos eleitorais que se seguem decorram com normalidade.
É fundamental que os adversários políticos se compenetrem que, no jogo democrático, há vencedores e vencidos, para o que também é indispensável que o processo eleitoral seja transparente, limpo, verdadeiramente democrático.
A tarefa de assegurar eleições justas, livres, isentas, transparentes, cabe, por inteiro, aos serviços do Estado com competência para tal. Por isso, exortamos a CNE e os STAE a cumprir com as respectivas responsabilidades, zelando pela transparência e rigor dos actos eleitorais, tomando corajosamente a defesa da Democracia, denunciando os fautores das irregularidades ocorridas neste processo eleitoral, sejam eles timorenses ou estrangeiros.
Só com a reposição da verdade será possível restabelecer a confiança perdida e a dignificação do povo e da Nação timorense.

Com os melhores cumprimentos,
Subscrevemo-nos,


Nazário Tilman de Andrade (Mandatário Nacional)
Benvinda Oliveira (Presidente da Comissão Independente)”

domingo, 8 de abril de 2007








Em todos os distritos, João Carrascalão falou das suas preocupações com as pessoas.
As crianças e o constante atropelo aos seus direitos, os jovens e a falta de objectivos, a mulher e a sua valorização, os velhos e o direito a uma velhice digna, foram uma constante nas intervenções do candidato que quer resolver os problemas desses extractos mais fragilizados da sociedade timorense.
Para João Carrascalão, é importante que o Estado não vire as costas, não feche os olhos nem se faça surdo aos anseios das populações e procure soluções no sentido de lhes proporcionar melhor qualidade de vida.
É importante descentralizar, criar emprego, permitir aos jovens que contactem com outras realidades, é necessário incentivar o intercâmbio juvenil como forma de abrir os horizontes dos jovens timorenses. é preciso mais emprego, o que significa melhores condições de vida e resolveria, em parte, o problema do trabalho infantil. As crianças trabalham porque têm de ajudar os pais, os jovens saem para o estrangeiro porque o Estado não cria emprego, os velhos estão cada vez mais sós e mais pobres porque a família tem de procurar na cidade o que não existe nos campos: emprego, trabalho, qualidade de vida.
Timor-Leste tem de mudar. E João Carrascalão sabe-o.
Por isso é tão importante votar!









No dia 9 de Abril, nas urnas, será escolhido pelo Povo timorense o novo Presidente da República Democrática de Timor-Leste.
João Carrascalão tem o perfil certo para o cargo.
João Carrascalão marcou a campanha para as presidenciaise com as suas intervenções serenas, traçando o seu caminho sem recurso à violência verbal nem física. Foi claro na transmissão da mensagem; foi directo ao problema; tocou o coração dos seus compatriotas.
João Carrascalão deixou uma marca importante nesta campanha: a de que é possível fazer política pela positiva, transmitindo esperança, sem recorrer a promessas. Foi verdadeiro. Foi igual a si próprio, fazendo jus ao lema da sua candidatura "Presidente ho Povo, Ida deit".
Em tempo de reflexão, pensemos seriamente no nosso futuro, para o qual temos obrigação de contribuir com o nosso voto, consciente e responsável.

sexta-feira, 6 de abril de 2007















Chegámos ao fim da campanha eleitoral.
Foi uma campanha intensiva, uma verdadeira maratona. E uma experiência gratificante, inesquecível!
Não foi fácil visitar os 13 distritos em 15 dias. Na prática, foram 12 dias, a percorrer quilómetros de estrada em más condições, agravadas pelas chuvas normais nesta época do ano e contactar directamente com as populações que vivem infelizmente em péssimas condições.
Em todos os distritos, o nosso candidato foi recebido com todas as honras tradicionais, numa clara demonstração de que a nossa cultura está viva!
Percorrendo Timor de lés-a-lés, de Lorosae a Loromonu, de Taci Mane a Taci Feto passando por Rai Klaran, conseguimos já, uma vitória: a de que o nosso candidato falou, defendeu as suas ideias, apelou ao respeito e à tolerância, indicou caminhos, sem nunca ter recorrido ao insulto ou a ataques fáceis contra ninguém. Por isso, não sofremos qualquer ofensa nem insultos. Por isso foi tão natural o encontro amistoso com apoiantes de Fernando Lasama e Avelino Coelho, como aconteceu com em Aileu ou em Lospalos.
Nos distritos do interior do país, a par das péssimas condições de vida dos habitantes, reina a tranquilidade. A excepção é o distrito de Same. Onde se respira um ambiente de tensão, de medo. Os velhos, as crianças, os jovens não sorriem nem mesmo quando Anito Matos utiliza todo o seu saber e dotes artísticos. Nada os faz perder o ar grave e sério. Em Same, o ambiente tenso, pesado, recorda os tempos da ocupação indonésia. Hoje, há novos ocupantes e vieram da Austrália.
Ontem, em Díli, realizámos o nosso último comício no Ginásio Nacional que esteve praticamente cheio com apoiantes que vieram de todos distritos. Foi um fim de campanha cheio de alegria que, nem mesmo as provocações de alguns conseguiram estragar.
Mas, ao fim de duas semanas, constatadas as dificílimas condições de vida dos timorenses, a conclusão é só uma: Timor-Leste tem de mudar.
No dia em que fechamos a nossa campanha, cumpre-nos apenas repetir o apelo do nosso candidato na sua mensagem final no debate transmitido hoje em directo pela Rádio e Televisão de Timor-Leste: Que todos votem. Porque é no voto que reside a força do povo. Porque é fundamental que o povo manifeste a sua vontade de forma livre, directa e transparente. Porque é no voto que reside a força da democracia.
Votemos, pois, pela mudança. A mudança tem um rosto. Tem um nome: João Carrascalão!
Nós votamos em João Carrascalão para Presidente da República de Timor-Leste!
Votem como nós! Votem João Carrascalão!

PS: A Internet está demasiado lenta e, por isso, hoje colocamos apenas algumas fotos dos comícios de Aileu, Baucau (com o liurai de Garawai), Díli, Lospalos, Maliana e Suai. Amanhã, haverá mais.